
domingo, 19 de agosto de 2007
Fotos Antigas

Como dizia minha vó
Copiado dos arquivos do site do cantor e compositor Cesar Di http://www.cesardi.com.br/
Coisa de Mineiro
Eis aí para posteridade, algumas expressões e palavras usadas em minha terra natal: Córrego de Boa Sorte, São Tomé, Tabajara e Região- Município de Inhapim, Minas Gerais, Brasil.
Isturdia- Outro diaVortemo- Voltamos
Dijaoji- Ainda à pouco, antes, agora a pouco.
Bafafá- Falatório
Trepeça- coisa mal arrumada, atrapalhada, coisa mal feita.
Um litileiti- Um litro de leite
Mastumate- massa de tomate
Dendapia- dentro da pia
kidicarne- kilo de carne
Tradaporta- atrás da porta
Badacama- debaixo da cama
Pincumel- pinga com mel
Iscodidente- escova de dente
Nossinhora- nossa senhora
Pondions- ponto de ônibus
Denduforno- dentro do forno
Doidimais- doido demais
Cabês de Repôi- Cabeça de repolho
Den de ai- Dente de alho
Li de oi- Litro de óleo
Oncôtô -Onde eu estou
Proncônvô- Para onde eu vou
Quió- Aqui, Olha
Palevá- Para levar
Kidmi- 1 Kg de Milho
Popopó?- Pode por o pó?
Sê besta sô- Deixa de ser bobo
Mido- Messo
Rapei de banda- Saí fora
Ês- Eles
Fundeza no istambu- Barriga vazia, vontade comer, fraqueza
Vô buzina ês trem no cê- Vou jogar isto em você
Lévéin- Lá vem
Cruiscredo- Expressão de espanto
Carça riscada- Demo, Diabo
Marmota- Coisa espalhafatosa, esquisito, feio.
Patacão- Relógio velho, relógio grande
Féli- Fel
Pantasma- Coisa feia, esquisita
Munstempo- Muito tempo
Comudiziôto- Como diz o outro
Vinse- Viesse
Belrzonte- Belo Horizonte
Mêz- Mesmo
Fumo i vortemo- Fomos e voltamos
Titóin- Tio Antonio
Tipêdo- Tio Pedro
Tizé- Tio José
Tôcunspranu- Estou com uns planos
Deu berada- Deu margem
Cuspido i iscarrado- Igual
Arruma lá pustôcu- Que se fôda, que se lasque
Concoice- Como coisa, como se estivesse
Caxifósqui- Caixa de fósforo
Rótu- Rótulo
Envem- Lá vem
Dizêli- Disse ele, ele disse
Pricura- Procura
Ingastaiado- Agarrado, Preso
Oroscóis- Helicóptero
Pessuali- Pessoal
Incarcano- Calcando
Ocê pintô di te feitu isso- Você fez errado
U tréim ficô danadu- A situação está difícil
Sodá- Cumprimentar, dar bom dia, boa noite
Tuchá- Enfiar
Si bestá- Se facilitar
Nóis Topemo- Nós nos encontramos
Pracertá- Para acertar
Redá- Arredar
Animêmo- animamos
Galiá- Balançar
Quêzboi- Aqueles bois
Isbarrado- Sem saber o que fazer, sem jeito
É cráquié- É claro que é
Arriviria- À revelia
Mió- Melhor
Alá- Olhe lá
Côcê- Com você
Quésmaca- Aquelas máquinas
Issaqui tá joganu buzo- Isso aqui está sobrando, tem com fartura
Dirda- Dívida
Manota- Mancada
Bubiça- Bobagem
Asturdia / Isturdia- Outro dia
Istumá- Instigar o cahorro pra ir atrás da caça
Gurpião- Serra para madeira
Currião- Cinto
Méli- Mel
Cê num mi infeza não- Não me deixe nervoso
Num var nada- Não vale nada
Mió- Melhor
Varcilô- Vacilou
Até fala qui chega, até babá- Até não poder mais
Derréia- Diarréia
Pescóção- Um soco bem dado
Fiusá - confiar
Culiadu - Aliado, de combinação com alguém
Disgrêta- Um xingo
Disgrama- Um xingo, como se fosse desgraça
Tribuzana- Confusão, atribulação, formação de coisa feia
Tuíca- Porca
Faizmali- Faz mal
Deve tê vido- Deve ter visto
Adispôis / Dispôis - Depois
Êzinventucuntuá - Eles inventam tudo quanto há, ou seja falam demais, mentem
Maizómênu - Mais ou menos
Carquétantu- Qualquer tanto
Ficô zurêta - Ficou doido
Paiaçada- PalhaçadaI
ntécondu- Até quando
Essi troçu- Essa coisa
Dismaniadu- Separado
Tava zuretinzim- Estava louco, muito louco
Tava tentadinzin- Estava doido, muito doido
Pantalião- Uma pessoa simplória, boba
Aí eu apertei o pé- Aí eu andei rápido
Duzensipôcu- Duzentos e pouco
Vai dá di nóis í- Vai ser preciso que a gente vá
Num posso fica lerdanu- Não posso esperar, estou com pressa
Vô dá ûansvorta- Vou sair por aí
Fei- Feio
Fulano saiu quemanu chão praí arriba - Fulano saiu muito rápido aí pra cima
Dijeinium- De jeito nenhum
Saiu vendenu azeite - Saiu rápido, correndo...
Istazunidu- Estados Unidos
Levieu- Leva eu
Eli tava cum ispixincói- Ele estava enrolando, puxando pra trás
A presa tá dilurida- O dente canino está dolorido
Porvá- Provar
Ieu- Eu
Torô numei- Quebrou-se ao meio
Manda ôta na catana dessa- Manda outra depois desta
Sâingui- sangue
Acá ó- Olha aqui.
Chuchá- enfiar
Muié- Mulher
Vonsipô- Vamos supor
Gumitá- Vomitar
Iscumá- Espumar
Ujença- Urgência
Dôtori- Doutor
Agora fulano tá pego- Agora ele se deu mal
Tá quais varanlá- Está quase conseguindo chegar até lá
Musga- Música
Cê ta é perdeno ponto pá sapu- Você está é dando mancada
Cê vai chorá as paxão- Você vai se arrepender
Tá isprivitado- Está bem claro, dá pra ver tudo
Tá matano cachorro a grito- Está desesperado, por exemplo muito tempo sem sexo.
Eu tô azórdi- Estou às suas ordens
Isso é bafureti- Isso é sem valor, é ralé, é de pouca qualidade
Num facilita qui dispois ce num grita- Melhor se prevenir. Cuidado prá não ter que chorar o leite derramado.
Truvuada- Trovoada
Relampu- Relâmpago
Oliaiz- Aliás
Coisa e tali- Coisa e tal
Que Deus tarlipremite- Que Deus não permita que isso aconteça
Num sidô cum fulano- Eu não vou com a cara do fulano
Prodijicar/Projudicar- Prejudicar
Tava tinino de bão- Estava muito bom
Ôi / Ôiô- Olho
Fôia- Folha
Mio- Milho
Mió- Melhor
Bitela- Grande
Truci- Trouxe
Ôrêia / Zurêia- Orelha
Zói- Olho
Zuvido- Ouvido
Zunha- Unha
Baje de féjão- Vagem de feijão
Cumê- Comer
Córgo- Córrego
Arvinha- Arvorezinha
Arvão- Árvore grande
Tôcera/Trôcera - Moita
Mondigenti - Multidão
Imbira - Corda
Regaçá - Estraçalhar
Largato - Lagarto
Fédaputa - Filho da puta
Fédazunha- Filho da puta , filho das unhas, filho do cão
Isganado- Comilão, guloso
Curiol- Curió
Sórto o pau- Desço a madeira, bato
.Minduím- Amendoin
Arapôis meu Deus- Olhe por nós meu Deus, tenha piedade, socorrei-me
Berno- Berne
Baita- Grande
Azavessa- Ao avesso
Quando eu caí im si- Quando eu percebi
Fiquei buzina- Fiquei furiosa
Madorna- Cochilo, soneca
Istrupiço- Alguém sem valor, inútil
Mulambu- Pano velho, trapo
Sapassado- Sábado passado
Tô na duda- Estou na dúvida
Resfrescá- Refrescar
Anse- Antes
Logo- À noitinha
Dá uma esfrega- Pegar o cara e descer o cacete
Bobo Alegri- Um coitado, um simplório, otário
Massegar- Amassar, esfregar
Lainha- Ia Indo
Antonce- Então
Quinem- Igual, semelhante.
Cepada- Batida
Abêia- Abelha
Abróba- Abóbora
Butuá- Abotoar
Crima- Clima
Quilina- Crina
Quais- Quase
Òimbu- Ônibus
Istambu- Estômago
Chapoca- Uma coisa muito grande
Quéde- Cadê, onde
Cacunda- Costas
Suai- Assoalho.
Estas preciosidades foram colhidas pelo Cesar Di, o Noé do Tôi Reis. se vc sabe de outras deixe nos comentários.
Lembre se que estao aqui para mostrar o modo peculiar de falar, de nossos antepassados, se ainda falamos algumas palavras dessas, ótimo, faz parte de nossa Cultura Interiorana.
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Festa do Sãotomeense Ausente... Pq não?

A Poeira de São Tomé
Olha que aquela camioneta que passou por mim enquanto voltava de pé e me encheu de poeira estava já na entrada da rua...Dê um zoom e confira. Em plena festa do Tabajarense Ausente, nosso STomé, nem de longe na poeira parecia ter passado a vida td vinculado ao Tabajara, e olhe que a tempo era distrito e nem sabia. Será que precisaremos criar uma festa similar no São Tomé, uai! pq não? Mas neste caso alguem precisa dar o primeiro passo e que a união seja a força motriz de tão importante evento.
Ah! Que não seja apenas interesse politiqueiro, mas sim, político em seu verdadeiro sentido da palavra, o bem estar de uma comunidade. Eu topo!!!
E vc?
As Pantufas de São Tomé


Há certas coisas que o tempo não se apaga... A memória se empenha em arquivar o que na cultura não foi capaz de perpetuar.
São Tomé, sempre foi chamado de Rua e por Rua entende-se via pública, sem mato, barro ou outro tipo de sujeira... Mas nem sempre nossa Rua foi assim...
Sabemos que porcos passeavam livres pelas ruas, cavalos acompanhados de seus carrapatos e sempre teve barro, muito barro. Quantos tombos na esquina do grupo já foram registrados pelas objetivas dos observadores de plantão.
Entretanto sempre houve um determinado carinho e respeito por parte do pessoal da roça. E o costume de lavar os pés antes de entrar na rua, foi evidente em todos os pontos de chegada. Fosse do sentido Pocrane, havia lá uma bica d'água, como que, para essa finalidade; do lado do Rio Manhuaçú, havia o córrego usado até mesmo para lavar as mãos ao voltar do cemitério; do lado do Valtim Pio, um local antes do campo, com peixinhos zigue zagueando na água clara; e do lado da Boa Sorte, sentido Tabajara, a ponte do Lysso sobre o córrego, vindo dos Cândios, com muita água formando um lavatório natural.
De quaisquer dessas entradas, o ritual era o mesmo: tirar os calçados velhos, lavar os pés, ou mesmo alguns que foram descalços para evitar o desgaste do mesmo e calçar o sapato limpinho, aquele mais novo de ir na missa, ou aquele chinelo havaiana novo, um vez que o velho, de pé de uma cor, pé de outra, ficaria escondido no mato para volta ou no bornal, onde o novo ou o mais ou menos estava antes guardado.
A principio quem iniciou este hábito foram os moradores de Alvarenga, daí o preconceito, quando se via alguém com os calçados amarrados pelos cadarços pendurados no pescoço, logo se rotulava "lá vai os alvarengueiros", mas como a moda pegou, vale dizer que eles foram os primeiros a demostrar o respeito pelas ruas, já citado.
...Respeito este tão escasso, antes pelos porcos e cavalos, hoje pelo lixo, e ainda referente às arvores centenárias, os casarões antigos, obrigados a ceder o espaço aos americanizados, a pracinha da igreja e pior de todos o esgoto que poluiu desde a água até o ar que se respira pelas ruas.
Hoje São Tomé de quase um século se orgulha de seu calçamento... que progresso!
Em plena onda de preservação, do politicamente correto, em se falando de ecologia,
observando o retorno dos canarinhos, a administração municipal derruba todas as árvores incluindo a Saboneteira central para embelezar a cidade com uma praça, um jardim.
Restando apenas uma Palmeira Imperial solitária, destoando assim da típica cidadezinha mineira que sempre tem uma árvore ao centro.
Mas como a vila se tornou distrito e ninguém deu conta disso, também não se dará conta da ausência das árvores antigas, nem mesmo do ipê roxo que timidamente floresceu e pagou caro por essa ousadia.
Agora resta aos moradores passear de pantufas, mesmo em período chuvoso, quando ninguém chega ou sai, e de calçados macios não trinca os bloquetes nem tropeça nas paredes deitadas quebrando molas.
Ah! E que disponibilizem diversos pares nas entradas de São Tomé, para os visitantes e que se instale uma torneira, já que os córregos se "esgotaram".
E... Para cuidar das pantufas ninguém melhor que o doutor.
Ass: Laci Augusto dos Reis, residente em Caratinga
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Sobre o texto:
Pessoal este é meu desabafo. Aceito comentários, aqui ou via e-mail(lacidore@gmail.com)
O que vcs pensam disso tudo?
É válido pagar este preço para progredir?
Questão de Opinião


quarta-feira, 8 de agosto de 2007
SAO TOME

Olha o Por do Sol no alto do São Tomé, uma visão encantadora e ainda percebe se um rastro deixado pelo último jato que passou, alguem se lembra dessa Paisagem que enche o coração de certeza de que fomos criado em um lugar maravilhoso de Minas? Basta apreciar e divulgar nosso Patrimônio Natural.
Aqui sempre foi maravilhoso depois desse por do sol, espiar a lua cheia e sempre bem acompanhado, já que na Boa Sorte sempre teve moças bonitas.


Espaço do São Tomé on-line.
Onde as lembranças serão relevadas e a atualidade evidenciada atraves de fotos, crônicas, depoimentos e até mesmo poemas.
E que façamos deste Blog, uma referencia do nosso querido São Tomé de Minas, a quem deseja matar saudades, ver como está e tbem compartilhar as fotos registradas.
Assim inicia este novo espaço dos saontomeenses.
Um abraço!
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